quinta-feira, 16 de junho de 2011

UM TOQUINHO NA ALMA


Um município, entre as contradições de sua formação histórica. Boa leitura.

UM TOQUINHO NA ALMA

Doriedson Rodrigues
                                                                      
Vem sentar comigo bem perto do rio;
Vem descobrir como suculenta é esta terra
Vem comigo olhar o boto faceiro;
Vem comigo prosear à beira do Tocantins.
Mas em meio a tanta beleza,
Não esqueçamos da ilha...
Da casa...
Da paxiba...
Do mapará que não veio;
Da farinha que faltou;
Da criança que não brincou;
Da mulher que não sonhou;
De tudo que ainda não se realizou.

Senta bem aqui pertinho de mim:
Escuta todo meu amor por ti;
Sente o teu cheiro no meu;
Tua voz na minha
Tua simplicidade gostosa.
Mas não esqueçamos  de tudo que ainda não se realizou:
Dos caminhos por construir;
Da dignidade por concretizar;
“Da vida como a vida quer”
“A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer”.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sempiterna sedução

Um poema. Uma gota de palavras saída d'alma.

Sempiterna sedução

Doriedson Rodrigues

Madrugada adentro
vejo teus pés
que me sucumbem o olhar!

(Reflexão)

Sensibilidade por detalhes
Numa metonímica relação parte todo

(Respiração profunda)

Vejo teus pés
Que me param a leitura

(Prelúdio)

Descem
Lembranças e Saudades

 






Tronco Submerso

Um poema vivido ainda na graduação, apresentado pelo Cassique, e vivido até hoje. Uma beleza!

Tronco Submerso

Composição : Paulo André Barata/Ruy Barata
 
Tudo o que eu amei estava aqui
Do chão batido à cuia de açaí
Por isso não cantei Copacabana
Ainda que ela fosse tão bacana
No brilho dos postais que eu recebi
Tudo que eu amei estava aqui
Da mão de milho ao pé de miriti
E assim não falei da Torre Eiffel
Dos perfumes de Chanel
Nem do céu azul do Tenesse
Desculpe meu irmão meu canto agreste
Nutrido do jambu que não quisestes
Manchado de tijuco e de capim
Perdoa por favor meu pobre verso
Um tosco tronco submerso
No rio sem nome que se vai de mim
(Extraído de http://letras.terra.com.br/paulo-andre-barata/1199517)

Iluminação Pública em Cametá

Cametá é uma linda cidade e um belo município. A feira livre, com ares de idade média que me fascinam, possibilita aos cametaenses e ao visitante comprar peixe da maré, peixe fresco ainda batendo o rabo, além de comprar aviú, camarão, açaí em caroço para bater e tomar um vinho bem grosso. Não se pode perder de vista o saboroso mapará, um dos deliciosos peixes da região.

É um município com mais de 360 anos de história.

À noite, é possível ouvir uma boa música no Bar do Gato, e em vinil se for o caso, batendo um bom papo, sabendo as notícias com o Flávio, o Gato, o dono do Bar do Gato.

Aldeia, a praia, também me fascina e aos amigos que para lá tenho levado. Pequena, mas aconchegante. Lá, tem peixe frito, o fifiti, peixe na manteiga, tucunaré ou pescada, uma gostosa caldeirada. Tem o Bar Brasil, do Brasil, onde tem o mapará fifiti.

A praça da cultura, embora destaco que faltam praças tanto nas vilas como na cidade como espaços de sociabilidade e lazer, possibilitam o brincar das crianças, o bate-papo com os amigos, uma caminhada, momentos de reflexão.


Cametá, o município, fascina com os rios, as pessoas amigas, as vilas com suas feiras principalmente aos domingos, embora problemas sociais precisem serem sanados, como a sempre busca por espaços de saúde somente na sede do município. O município é muito grande (são inúmeras ilhas, comunidades ribeirinhas, setores de estrada). Os postos nas vilas ainda não são bem equipados com qualidade, quando existem. O sistema de abastecimento de água potável é ainda precário: em pleno século XXI ainda está trelado ao sistema de energia da CELPA - quando falta energia, falta água; bom seria haver motores próprios, para quando não houvesse energia da CELPA, fossem ligados e a água continuasse a jorrar nas torneiras de um Porto Grande, vila de meu sogro e minha sogra, de uma Vila do Carmo, terra do amigo escritor Salomão Laredo.

Cametá é-me um fascínio, apesar de termos uma alta taxa de iluminação pública, a partir de aprovação da Câmara Municipal de Cametá, e ruas, travessas, esquinas, praças com pouca iluminação e espaços outros sem iluminação.

O Campus da UFPA em Cametá

Agronomia

O Curso de Agronomia vem sendo estruturado pelos docentes da área e pela coordenação do Campus. Será o mais novo curso do Campus Universitário do Tocantins/Cametá - UFPA. A idéia e tê-lo já no vestibular de 2011da UFPA para início das aulas em 2012.

Na UFPA, o Curso de Agronomia, graduação, existe nos campi de Marabá e Altamira.

O Curso visa atender demandas da região, englobando municípios como Mocajuba, Limoeiro do Ajuru, Cametá, Baião, Oeiras do Pará, Igarapé-Miri (Nordeste do Pará), dentre outros, por formação nessa área.

Letras em Limoeiro do Ajuru e Pedagogia em Oeiras do Pará


Com início de aulas previsto para 2012, já foram assinados e publicados no Diário Oficial os contratos com as Prefeituras de Oeiras do Pará e Limoeiro do Ajuru para flexibilização de cursos do Campus da UFPA sediado em Cametá (PA) para esses municípios.

Haverá Letras em Limoeiro do Ajuru e Pedagogia em Oeiras do Pará. A idéia é continuar interiorizando cada vez mais a Universidade Federal do Pará, como o vem sendo desde a década de oitenta, com a instalação dos campi no interior da Amazônia Paraense.

O Campus já oferta, em regime de flexibilização, História e Pedagogia em Mocajuba e Letras e Pedagogia em Baião.











 

terça-feira, 14 de junho de 2011

SOBRE NOSSO ESCRITOR SALOMÃO LAREDO

Pessoal,

Algumas informações sobre o amigo-escritor Salomão Laredo, extraídas de http://slaredo.blogspot.com, 14 de junho de 2011, uma noite de São João, Padroeiro do Município de Cametá.

Salomão Larêdo nasceu em Vila do Carmo (Cametá), no dia 23 de abril do ano de 1949. Seus pais: Milton Larêdo e Maria do Carmo Larêdo. Casado com Maria Lygia Nassar Larêdo, tem um filho, Filipe Nassar Larêdo.
Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Pará (1975) e mestrado em Letras - Teoria Literária - pela Universidade Federal do Pará (2007).

Em 1984, publicou o romance “Sibele Mendes de Amor e Luta” e não parou mais. Tem quase 50 livros publicados de forma autônoma, independente.


Foi o idealizador dos “Encontros Mensais dos Escritores” e o grande baluarte para a fundação da Associação Paraense de Escritores, para a qual incansavelmente trabalhou, sendo eleito seu primeiro Vice-Presidente para o mandato 1986/1988.
Em 1992 é eleito para ocupar a cadeira de número 33 da Academia Paraense de Letras, participa ativamente da “I Feira de Livros do Pará”, e de todos os eventos culturais de Belém e do Pará.
Recebeu da Academia Carioca de Letras e União Brasileira de Escritores, em novembro de 2000, o “Prêmio Malba Tahan”, pelo seu livro de conto “Timbuí – a lenda da anta”.

É editor de jornais e livros e colaborador de diversos órgãos de comunicação. Ex-membro do Conselho Estadual de Cultura do Pará e do Conselho Editorial da Secretaria de Estado da Cultura do Pará – Secult, tem sido membro de júri de inúmeros concursos literários e culturais, entre os quais, Prêmio Multicultural Estadão, do jornal O Estado de São Paulo, e de música popular paraense, amazônica e brasileira.


Salomão Larêdo
entende que uma de suas tarefas enquanto escritor é trabalhar incansavelmente para formar leitor com espírito crítico e desenvolver a democracia cultural.
[...]
Salomão trabalha com o lendário e o imaginário da região Amazônica, faz literatura de ficção, arte popular oral, literatura escrita e texto verbalizado.


Universo literário: A Amazônia
Citamos as obras mais recentes: A garota que tentou bater na mãe com a vassoura e ficou seca, na hora – fatos visagentos – Antonia Cudefacho - encíclica cametaense romance transubstanciação; Sarrabulho, a lenda do CobraNorato- conto; Palácio dos Bares; Remos de Faia- as mil e uma noites amazônicas – romance. Chapéu virado – a lenda do boto – conto.
Livros que serão lançados brevemente: Galo Teso – romances; Histórias de são Benedito; Terra dos Romualdos; Os Grandes Lábios de Belém.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Um poema repassado em momento difícil

Pessoal,

Um poema que me foi repassado em momento de dor, tristeza, solidão ... Angústia. Elementos esses também de nossa materialidade histórica.


Repasso-te um poema de uma canção do filme
“ata-me”, do espanhol Pedro Almodóvar

“Quanto tiver perdido todas as partidas
Quando dormir com saudades
Quando se fecharem as saídas
E a noite não me der paz
Quando tiver medo do silêncio
Quando custar ficar em pé
Quando se rebelarem as lembranças
E me puserem na parede
Resistirei para continuar vivendo
Tornar-me-ei de ferro
Para endurecer a pele
Mesmo que os ventos da vida soprem fortes
Sou como o junco que dobra
Mas continua em pé
Resistirei para continuar vivendo
Resistirei.”